ANDRADE,
P. D., FRANCO, J., LIMA, V. S., LEITE, K. A. S. MARQUES, M. M., SILVA, T.B.
Teorias Psicanalíticas- Prof.º Mst. Sócrates Pereira
RESUMO
Neste trabalho pretende-se apresentar e discutir
sobre os tipos de pulsões, os conceitos, a pulsão na teoria de Sigmund Freud,
para a psicanálise e pulsão de forma geral. A pulsão que Freud se refere é a
pulsão sexual, segundo ele não é o desejo que precisa realizar-se mas a pulsão
que precisa satisfazer-se, a pulsão é a força motriz do desejo.
Palavras-chave:
Pulsão, Representação, Sexualidade, Destinos, Conceito.
INTRODUÇÃO
A pulsão que Freud se
refere é a pulsão sexual, segundo ele não é o desejo que precisa realizar-se, mas
a pulsão que precisa satisfazer-se, sendo a pulsão sexual e não o instinto
sexual.
Se podemos apontar
desvios e perversões do instinto, por se tratar de uma conduta cujos padrões
são fixados hereditariamente, isso se torna extremamente complexo em se
tratando da pulsão, ela mesma é o próprio desvio do instinto. (ROZA, G. 2009,
p. 96).
Freud escreve que
apesar de normalmente se considerar o objeto sexual como integrante da pulsão
sexual, ele foi levado a afrouxar o laço que une um ao outro “ parece provável” diz ele ( op.
Cit. , p.146) “ que a pulsão seja, em primeiro, independente de seu objeto; nem
é provável que sua origem seja determinada pelos atrativos de seu objeto.
(ROZA, G. 2009, p. 97).
Apesar da importância
de que se reveste a noção de objetivo da pulsão, ela não e tratada de maneira
unívoca pelos teóricos da psicanálise. Se aproximadamente a noção de objetivo à
noção de fonte da pulsão, fazendo do objetivo uma “ação específica” de apoio à
fonte instintual, a noção de objetivo fica bastante empobrecida (cf.
Laplanche/Pontes, 1970, p.407); se, por outro lado, aproximamos a noção de
objetivo da noção de objeto da pulsão , corremos o risco de transformar a
teoria psicanalítica numa teoria do objeto, contrariando dessa maneira o ponto
de vista econômico que implica uma prevalência do objetivo sobre objeto . a solução
desse dilema pode estar na distinção feita por Freud entre pulsão sexual e
pulsão de autoconservação. Uma pulsão sexual seria alimentada e sustentada pela
fantasia enquanto a de autoconservação a ação especifica. (ROZA, G. 2009, p.
121,122).
CONCEITO
DA PULSÃO
Para Freud a pulsão estava situada na fronteira entre o
mental e o somático, e como representante psíquico os estímulos que se originam
no corpo dentro do organismo e alcança a mente, uma medida da exigência feita a
mente no sentido de trabalhar em consequência de sua ligação com o corpo.
Para Freud o fato
emergia de uma serie de observações clinicas e se referia a pulsão como sendo
nossa mitologia por ser meio física e meio psíquica ela nunca se dá por si
mesma (nem a nível consciente e nem inconsciente), ela só é conhecida pelos
seus representantes psíquicos: a ideia (Vorstellung) e o afeto (Affekt).
·
Representação (Vorstellung) – opõe-se ao
afeto ( Affekt), no sentido de não se
tratar apenas de um correto do objeto , mas de mas uma inscrição desse objeto
nos sistemas mnêmicos.
·
Afeto (Affekt) – é o outro registro que
se faz a representação psíquica, ele é a expressão qualitativa da quantidade de
energia pulsional, o afeto e o representante ideativo são independentes.
O objetivo do individuo
seria, atingir o baixo nível de tensão interna, nesse processo de descarga de
tensões psíquicas, as três estruturas da mente (id, ego e superego) desempenham
um papel primordial, e isso determina a forma como se manifestam, esses
processos são inconscientes.
No inicio da Teoria de
Freud, ele distinguia varias pulsões distintas, com o aprimoramento de sua
teoria, ele reduziu duas pulsões básicas: eros, ou pulsão sexual, para a vida,
e tânatos, ou pulsão de morte. Freud via como base para essas pulsões o principio
da atração e da repulsão. Todas as outras pulsões são vistas como fruto dessas
duas pulsões.
PULSÕES
DO EGO E PULSÕES SEXUAIS
Sendo a “pulsão” a
força que impulsiona o organismo para determinado objetivo, e que possui sua
própria fonte em alguma excitação corporal, possui sua meta, que é suprimir o
estado de tensão existente na fonte pulsional e tem um objeto através do qual
atinge esta meta. Nesse contexto as “pulsões sexuais” surgem destacando-se do
“auto conservação” ou “pulsões do ego”, apoiando-se nele inicialmente, e depois
como opositor. Concluindo assim, a existência conflitos psíquicos entre estas
duas forças, agora conceituadas como antagônicas. (ROZA, G. 2009)
As “pulsões do ego”
estariam associadas ás necessidades diárias para manutenção da vida, as funções
corporais essenciais à conservação indivíduo, estas funções estariam ligadas a
realidade, ou seja, há necessita de condições externas a ele, sendo responsável
por possíveis adiamento de sua satisfação. (ROZA, G. 2009)
As “pulsões Sexuais”
são uma pressão interna que atua num campo muito mais amplos do que o das
atividades sexuais em si, tendo como objetivo a satisfação, pois são totalmente
embasadas no princípio do prazer. Nela se verificam eminentemente algumas das
características da pulsão que a diferenciam de um instinto: o seu objeto não é
predeterminado biologicamente e as suas modalidades de satisfação são variáveis.
(LAPLANCHE, e PONTALIS, 1995).
As diferenças entre os
dois tipos de pulsões, está em seus pressupostos funcionais, uma vez que as
Pulsões do ego por estarem presas ao princípio da realidade, são limitadas a
apenas satisfazer-se com objetos reais, no mesmo tempo em que as pulsões
sexuais são capazes do aposto, podendo obter satisfação com o fantasioso.
(ROZA, G. 2009)
OS
DESTINOS DA PULSAO PARA FREUD
A pulsão tem dois representantes psíquicos: o representante
ideativo (reversão ao oposto, retorno em direção ao próprio eu, recalcamento e
sublimação). E o representante afeto (transformação do afeto, ou, histeria de
conversão; deslocamento de afeto, ou, obsessões; troca de afeto, ou, neurose de
angústia e melancolia.)
Para Freud, A pulsão
exerce uma força constante no organismo, é interno, e não pode ser removida
pela fuga. Uma vez tendo surgido, ela tende de forma coercitiva para a
satisfação. Pode ser considerada como uma ponte entre o somático e o psíquico
que pode ser caracterizado nos seguintes termos: pressão, satisfação, objeto
(não necessariamente um objeto externo, podendo ser interno também) e a fonte.
Pulsões originais para
Freud, são as de conservação do eu, e sexuais. A pulsão sexual não tem apenas a
função de reprodução mas, de satisfação, de prazer do indivíduo que é
estimulada pela pulsão de conservação do eu.
Existem três aspectos do ser humano
que são instintivos: tendência ao incesto, agressividade e canibalismo. O
sadismo se aproxima muito da agressividade: quando por exemplo...
·
Quando
direcionamos no outro a agressividade para satisfação.
·
De
caráter espontâneo que pode se alternar, quando eu redireciono para mim mesmo a
agressividade
·
Quando
eu sou objeto de satisfação para a agressividade do outro
·
Inversão
de conteúdo
·
Amor e ódio (não eu não o amo, eu o odeio porque
ele me persegue)
·
Amar e ser amado (não eu não amo, amo-a porque ela
que me ama)
·
Amor/ódio e indiferença (não amo a ninguém, eles é que me
amam)
Freud explica a
transformação do seu contrario exemplificando o evoyocionismo e exibicionismo. A
transformação do seu contrário, do ativo para o passivo. Na questão do olhar
apreciando o próprio órgão sexual, quando a pessoa contempla a outra pessoa, quando
eu me exibo.
Para a satisfação da
pulsão pode haver essa transformação do ativo para o passivo, de uma condição
de buscar a satisfação num simples olhar do meu órgão sexual, ou, contemplar o
do outro, até o do exibicionismo, que é quando essa pulsão ganha uma caráter
passivo e a satisfação vem através do exibir-se para o outro.
PULSÕES
DE VIDA E PULSÃO DE MORTE
Para Freud
as pulsões sexuais e as pulsões de autopreservação são consideradas pulsão de
vida, porque as duas são consideradas conservadoras em relação à pulsão sexual
e mantido a repetição. Já no caso da autopreservação preserva o organismo
garantindo o caminho até a morte.
Houve
mudança em relação ao que era antes separada contrarias, agora uma depende da
outra unida complementando e sendo considerada pulsão de vida, a pulsão de vida
não e contraria a pulsão de morte ela esta ao serviço da pulsão de morte,
pulsão sexual é considerada pulsão de vida, pois dois indivíduos estarão unidos
para através dessa união dar origem ao novo ser, ou seja, uma nova vida. Essa
era a visão da época, pois não eram levados em conta os novos modelos de uniões
e relações entre pessoas de mesmo sexo obviamente já existia esse tipo de
uniões porem não tão aceitáveis como na atualidade.
O sêmen
germinativo seria a imortalidade do ser vivo. Para Freud as pulsões não estavam
no inconsciente nem pelas características psicológicas, mas no limite entre as
duas no id. Pulsão de vida tem ligações amorosas que estabelecemos com pessoas,
conosco e com o mundo em que vida e morte andam juntas e só acabam com a
finitude do individuo o ser é impulsionado pelo principio do prazer e pela
procura constante de objetos que venham diminuir os impactos sofridos pela
angústia, tudo que impulsiona a vida é importante mesmo em momentos em que ele
entra em conflito a vida traz coisas boas e o tira inconscientemente das suas
angustias de dor e sofrimento ele sempre busca uma nova vida, se adapta a
realidade ruim do momento e através desta pulsão de vida ele volta à realidade
para si e conclui que aquela angustia tem seu lado positivo.
Freud
designa a pulsão de morte como uma pulsão que se contrapõe a pulsão de vida a
fim de minimizar completamente as tensões, onde se trata de uma
tendência do ser vivo voltar ao estado anorgânico de descanso e
quietude.
A
pulsão de morte será dada como uma pulsão mais original que a pulsão de vida
(pulsão sexual e de auto conservação), na qual esta contraposição trará um novo
dualismo pulsional: pulsão de vida (Eros) vs. pulsão de morte (Tanatos).
No
artigo O problema econômico do masoquismo;
Freud fala na diversidade de expressão da pulsão de morte, onde a
destrutividade é uma das expressões que caracteriza o par sadismo-masoquismo. A
libido enfrenta a pulsão de morte e desvia grande parte fora através da
musculatura, enquanto a outra parte permanece no interior do organismo e, como
um resíduo, e é dai que vai se constituir o masoquismo original. A explicação
para esse masoquismo original entende-se através dos conceitos de fusão e
desfusão da pulsão, onde essas pulsões de vida e de morte podem se misturar em
proporções variáveis, neste caso a fusão designaria um grau elevado de mistura
entre ambas, enquanto a desfusão indicaria um funcionamento quase que separado
das duas espécies de pulsões. Sendo assim, as
pulsões de morte pode ser entendida como um retorno a um estado anterior.
CONCLUSÃO
Mediante a força pulsinal descrita por
Freud, observa-se que o indivíduo é por ela impulsionado desde sua existência.
Freud descrevia como força interna, não passiva de fuga, era denominada de
força motivadora ao comportamento sistemático do ser, onde então relacionava-se
com o psíquico.
A pulsão está a todo momento trazendo movimento para nossas vidas,
através dessa força que a maioria de nós não percebemos a sua dinâmica em nossa
psiqué e nem seus sintomas em nosso físico. Sabendo que seu objetivo é a
satisfação, podemos identificar a pulsão em nós, como a força que nos motiva a
buscar algo que nem sempre sabemos definir, porém que nos traz uma angustia, inquietude até que nos
vejamos satisfeitos.
As pulsões sexuais por exemplo estão em constantes modificação,
nos impulsionam a buscar a satisfação dos nossos desejos, porém estes desejos
ou satisfações pulsuionais podem ser dinamicamente substituída por outra.
Lembrando que a pulsão não encontrará jamais a satisfação plena, encontrará
parcialmente essa satisfação, posto que isto é de sua natureza.
REFERÊNCIAS
ROZA, L. A. G. Freud e o Inconsciente. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
LAPLANCHE, J. e PONTALIS, J. B. Vocabulário de
Psicanálise. 2ª Ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1995.
Portal Psicologado. Introdução ao Conceito de
Pulsão. Disponível em: <https://psicologado.com/abordagens/psicanalise/introducao-ao-conceito-de-pulsao>
Acesso em 26 Março de 2016.
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